quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A tentativa

Numa manhã de outono, o sol já ia alto quando se assomou à janela de sua casa Tomás, cansado do fim de semana que havia terminado, devido às enumeras actividades desenvolvidas. Perto da meia idade e ainda a querer ser jovem, presta-se a assuntos que lhe pesam na carapaça, depois sofre as consequências no início da semana que agora começa.
Antevendo uma semana atribulada, por ter agendado diversas reuniões, principalmente para segunda, sente a ansiedade comum a quem desconhece o futuro.
Decisões importantes, que definirão o futuro irão ser tomadas nesta segunda feira.

A manhã corre sem sobressaltos, a tarde nem por isso. Pelas quinze horas chega o primeiro de outros fiscais que se seguirão.
O escritório, amplo, embora pouco iluminado, devido ao reflexo que faz sobre o ecrã do computador (PC), utilizando-se sempre os candeeiros, que estão sobre a secretária, dos seis que possui. Com uma grande mesa de mesa de reuniões, normalmente cheia de papéis,  foi limpa de forma a acolher com algum conforto os visitantes e para poderem espalhar a sua tralha à vontade.
Uma hora depois dava entrada a comitiva, todos eles já conhecidos, embora nunca tivessem estado em conjunto. Cumprimentos efectuados e começa o bombardeamento.
- Tomás onde está o documento com número sessenta, do mês de Fevereiro - pergunta Diogo, o Fiscal.
- Já está na sala do arquivo, na prateleira de baixo - responde o Tomás.
E, ainda não acabado de responder, já estava a sua secretária cheia de pedidos de outros. Uns colegas, outros seus semelhantes e outros subalternos.
- É de doidos! Nunca mais chega o fim do dia? - pensa Tomás.





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